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EDP quer cinco eólicas de alto mar perto da Nazaré.

25 de Novembro

A EDP, que tem a única eólica de alto mar em operação em Portugal, quer instalar mais cinco novas torres de produção de energia, desta vez no mar perto da Nazaré. "Com grande probabilidade será desenvolvido na zona-piloto [de energia das ondas] em São Pedro de Moel", referiu ao Dinheiro Vivo fonte da empresa.

O objetivo é instalar até um máximo de cinco torres eólicas Windfloat (flutuantes), ou seja, iguais ao protótipo que está na Aguçadoura, na Póvoa do Varzim, com uma capacidade de 25 MW. Ou seja, o suficiente para abastecer mais de 5000 famílias.

Ainda é cedo para saber quando é que o projeto poderá avançar, lembra, cauteloso, o mesmo responsável. "A opção de realizar a fase pré-comercial do WindFloat na zona-piloto de São Pedro de Moel (Marinha Grande) é à partida muito interessante, mas terá ainda de ser validada com diversos estudos e projetos, que estão agora a ser iniciados", adiantou.

Em causa está "o sucesso da fase de demonstração que está neste momento em curso". O que não deverá ser um problema: em cinco meses, a eólica Windfloat da Aguçadora teve um comportamento acima das expectativas, respondendo bem ao inverno do ano passado e a ondas de 15 metros. Além disso, produziu para a rede elétrica nacional o equivalente ao consumo de mais de mil famílias. A EDP reclama ainda a existência de "incentivos que ajudem a financiar o projeto" e ainda "um enquadramento regulatório adequado".

"Um fator importante para a decisão do consórcio é a existência de uma zona-piloto para energias offshore que permita a exploração eólica". Neste momento, não só a zona-piloto está definida para atrair apenas projetos de energia das ondas, como também não está em funcionamento. Falta a construção do cabo subterrâneo que ligará as infraestruturas à rede elétrica em terra, um investimento que terá de ser desenvolvido pela REN, a quem foi atribuída a concessão desta área em 2008, mas que carece da aprovação do Governo por se tratar de uma intervenção na rede elétrica nacional. Os regulamentos que aprovam a construção do cabo estão a ser desenvolvidos dentro dos timings planeados.

A zona-piloto da energia das ondas foi aprovada em 2008, mas começou a ser pensada em 2004 com o objetivo de crise um cluster nacional. É um projeto a longo prazo, porque requer, por exemplo, estudos do fundo do mar. Localizada entre cinco a oito quilómetros da costa, a zona-piloto tem uma área de 320 km e profundidades entre 30 a 90 metros, o ideal para instalar o Windfloat. Um mar de promessas, já que há mais três empresas internacionais interessadas em explorar esta zona.

In: Dinheiro Vivo, 25-11-2012

Fonte: www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO073402.html

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