O líder da Cogen Portugal, Álvaro Brandão Pinto, disse ao Negócios que são já "acima de 20" as unidades fechadas após o corte das tarifas (de venda de electricidade à rede) dadas à cogeração.
A Sonae já encerrou três centrais de cogeração após ter sido "vítima de uma alteração radical no enquadramento legal". Segundo Miguel Mata, "pararam e não há perspectiva de voltarem a arrancar". O líder da Cogen Portugal, Álvaro Brandão Pinto, disse ao Negócios que são já "acima de 20" as unidades fechadas após o corte das tarifas (de venda de electricidade à rede) dadas à cogeração.
Miguel Mata, que substituiu Belmiro de Azevedo na conferência "Que energia para vencer a crise?", no Porto, explicou que, caindo na venda ao mercado, as centrais "ver-se-iam obrigadas a vender a um preço que em nada reflecte os custos" de produção. "Nossos ou de qualquer outro produtor que participe no mercado", acrescentou.
Brandão Pinto corroborou que, "com o nível de remuneração definido no quadro legal em vigor não se conseguem pagar os custos", levando ao fecho das unidades. O presidente da Cogen estimou que tenham "fechado quase todas, senão todas, as que entraram no novo sistema de remuneração em consequência de terem atingido o novo número de anos limite".
Este responsável garantiu ainda que as auditorias feitas a pedido do Governo "demonstraram que estavam a funcionar até com uma eficiência superior à que constava dos próprios licenciamentos" e, portanto, "aquela ideia que o País estava cheio de falsas cogerações está ultrapassada".
In: www.jornaldenegocios.pt (11 de março de 2013)