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Óbidos Solar – segunda fase

28 de Março

 Município lança projeto que permite famílias reduzirem custos com energia

A Câmara Municipal de Óbidos lançou ontem, 26 de março de 2013, a segunda fase do projeto “Óbidos Solar”, que vai possibilitar aos munícipes, por apenas mil euros, adquirir sistemas de microprodução, que vão permitir reduzir os custos energéticos dos agregados familiares.
 
O protocolo, que foi assinado com quatro empresas (Elísio Paulo & Azevedo, Lda, Futur Solutions – Energias Renováveis, Sistemas Elétricos e Domótica, Lda., Inov8energy – Renewable Energy e Netplan – Telecomunicações e Energia, S.A), vai permitir instalar uma unidade de microprodução, ou seja, painéis fotovoltaicos e solares térmicos, através de “um investimento máximo de mil euros por parte das famílias, que possibilita aumentar receitas e reduzir despesas com o aquecimento de águas”, afirmou o vice-presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques.
 
O projeto assenta num modelo em que se instalam os painéis, orçados entre os dez e os 12 mil euros, em regime de concessão durante dez anos a uma das quatro empresas que fazem parte integrante do projeto. Os munícipes terão de pagar até mil euros para a instalação dos sistemas e ainda a inscrição no portal Renováveis na Hora, que custa 615 euros. Segundo Humberto Marques, “ao fim de 2 anos este investimento está pago por parte das famílias, com a poupança que daí advém”. Por seu lado, as empresas instaladoras ficam, durante dez anos, com 85 por cento do valor da venda à EDP da energia produzida, sendo o restante para as famílias. No final da concessão, os agregados passam a receber a totalidade das receitas obtidas com a venda de energia produzida.
 
O projeto, que na primeira fase previa abranger 1500 fogos (cerca de 4 mil pessoas), acabou por permitir apenas a instalação dos equipamentos “a 200 famílias, num total de cerca de 600 pessoas”, devido, segundo Humberto Marques, “às dificuldades causadas com a legislação e a inscrição no portal, sempre sobrecarregado”. Existem, neste momento, 80 candidatos, no concelho de Óbidos, para aderir à segunda fase do Óbidos Solar. No entanto, a redução do preço pago por quilowatt-hora de energia produzida, que na primeira fase era de 65 cêntimos, e que agora é de apenas 19 cêntimos, tornam o projeto “menos atrativo quer para as empresas quer para os particulares”, destaca Humberto Marques.
Mesmo com esta redução do preço pago, o vice-presidente da autarquia garante que irá ser feito tudo para “inscrever o maior número de interessados” e avançar, “nos próximos meses, com o alargamento à miniprodução de energia”. “Está a ser feito um levantamento dos edifícios públicos onde o sistema de miniprodução poderá ser instalado”, nomeadamente os Complexos Escolares dos Arcos, Furadouro e Alvito, assim como das Piscinas Municipais.
 
O Óbidos Solar, que recebeu o prémio “Green Project Awards” em 2010, é um projeto integrado no âmbito do Programa Municipal “Óbidos Carbono Social”, através do qual foi definido um modelo de apoio aos munícipes e residentes no Concelho para a adoção de medidas que visem a redução da despesa das famílias, nomeadamente através da redução da sua fatura energética pelo uso de energias renováveis na produção de energia elétrica e águas quentes sanitárias.
 
O projeto Óbidos Solar apresenta um forte impacto nas três componentes da sustentabilidade – social, económica e ambiental – na medida em que conjuga a inclusão social pela democratização no acesso às energias renováveis e a possibilidade de redução de despesa familiar, ao aumento da produção descentralizada de energia elétrica com recurso às energias renováveis e, portanto, à redução do impacto ambiental decorrente das emissões de gases de efeito de estufa resultantes do uso generalizado de combustíveis fósseis para a produção de energia.
 
Os munícipes interessados em aderir ao Óbidos Solar – segunda fase, podem obter todas as informações no Portal Municipal do Município, ter acesso às condições de adesão, informações sobre as empresas aderentes e fazer a respetiva inscrição.
 
In: www.cm-obidos.pt (2013-04-05)
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